FRIO ANTECIPADO REDUZ PRODUÇÃO E VENDAS DE SORVETE EM ITÁPOLIS

Empresário Edwilson Rita conta que a chegada do frio obrigou a empresa a reduzir os trabalhos — Foto: Marcelo Risso/TV TEM

Foi ao ar na última quinta-feira (03/07) uma matéria do repórter Marcus Vinícius Anjos, com imagens de Marcelo Risso, no Jornal TEM Notícias 2ª Edição, destacando os impactos da chegada antecipada do frio sobre o setor de sorvetes em Itápolis, no interior de São Paulo. Com a chegada antecipada do frio em 2025, a cidade de Itápolis, tradicionalmente forte na produção e comercialização do produto, enfrenta um cenário desafiador. A cidade registrou uma queda brusca na demanda, o que levou indústrias e sorveterias locais a adotarem medidas emergenciais. De acordo com empresários do setor, as vendas atualmente representam apenas 30% do volume registrado durante o verão. A situação levou diversas empresas a reduzir drasticamente a produção e até a conceder férias coletivas a seus colaboradores, como forma de equilibrar os custos e evitar demissões em um período considerado crítico.

Representantes da ASSIIP — Associação do Setor de Sorvete de Itápolis e Interior Paulista — relataram que as temperaturas baixas chegaram ainda no mês de maio, de forma antecipada e persistente, afetando diretamente o comportamento do consumidor e, consequentemente, os negócios locais. A indústria Sr. Sorvete, uma das principais da cidade, reduziu sua produção em ritmo acelerado. O sócio-proprietário, Edwinson Rita, explicou que, com a demanda tão reduzida, a alternativa mais viável foi parar parte das operações e conceder férias coletivas aos funcionários. Ele destacou que o momento também está sendo aproveitado para manutenção dos equipamentos e revisão dos processos internos, visando preparar a empresa para o retorno das altas temperaturas.

Na mesma linha, o Skinão do Sorvete também sentiu o impacto da queda nas vendas. Representada por Thiago Prado, a sorveteria informou que o volume de clientes despencou com o frio, tornando inviável manter a operação em plena capacidade. Segundo Prado, mesmo com os desafios, o período está sendo usado estrategicamente para repensar o cardápio e estudar novos sabores, antecipando tendências e buscando formas de se destacar quando o verão chegar. Ambos os empresários ressaltaram que essa é uma realidade enfrentada todos os anos, mas que em 2025 a intensidade do frio e a sua chegada precoce agravaram o impacto.

A queda nas vendas não afeta apenas a produção, mas toda a cadeia envolvida, desde fornecedores de embalagens até os pequenos pontos de venda. Ainda assim, há um consenso entre os empresários de que o momento exige cautela, planejamento e criatividade. Para muitos, a travessia do período frio será uma prova de resiliência e também uma oportunidade para inovar. A expectativa agora é que as temperaturas comecem a subir a partir de setembro, trazendo de volta o calor e com ele, a retomada do apetite dos consumidores por um dos produtos mais tradicionais da região.

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